domingo, 15 de junho de 2008

A Holanda é a Eurocopa

Pessoal anda chamando a Eurocopa de "Uefa Euro 2008".

Hehehe! O que são as coisas...a politicagem entra em cena novamente. A Eurocopa virou "Uefa Euro 2008". A Uefa precisava ressaltar que é ela que organiza este belo campeonato de seleções, que é quase um Copa do Mundo...mas que sempre vai ser quase mesmo, porque sempre vai faltar o principal - Brasil e Argentina.

Mas na eterna briga com a Fifa pra ver quem "manda" no futebol mundial, quem tem mais poder, a Uefa precisava se mostrar mais...expor e valorizar a marca. Por enquanto vai continuar se debatendo! A Fifa ainda é mais poderosa, ainda é a "dona" do futebol mundial e ainda organiza o maior, mais charmoso e mais bem sucedido campeonato de seleções - a Copa do Mundo.

A marca "Euro" também chama atenção. Como todos sabem, a moeda foi criada para unificar os mercados e as economias na Europa. Apesar de estar cada vez mais valorizada no mundo inteiro, a moeda ainda encontra resistências na própria Europa. Então, nada melhor do que usar o futebol, o esporte mais popular no mundo, pra fixar cada vez mais essa marca. Mesmo que seja implicitamente, já que a relação não é direta com a moeda.

E o futebol? Onde fica? Bom, se fossemos levar em consideração somente o futebol talvez essa Eurocopa pudesse se chamar "Eurocopa Holanda 2008".

Vi os DOIS jogos da seleção de Van Basten. Fiquei encantando com o futebol apresentado. A Holanda consegue mesclar um futebol de força, com um futebol de velocidade, com um futebol de toque precisos, com um futebol de habilidade.

Contra a França, não foi perfeita, mas foi quase. O ponto fraco da Holanda é a defesa, mas só isso. Antes não entendia muito quando chamavam a Holanda de Laranja Mecânica. Principalmente porque não vi jogar o time de 74, mas hoje, com o passar dos anos e acompanhando historicamente o jeito de jogar holandês, entendo mais. O futebol holandês segue a escola que criou pra si. O time tem esse algo de mecânico que faz os atletas tocarem a bola de primeira e se movimentarem o tempo todo envolvendo o adversário.

Além disso, joga com uma homogeneidade, que quando o técnico faz as alterações, o time se transforma mas continua o mesmo. Eu explico! Contra a França, Van Basten colocou Van Pierse e Robben no segundo tempo. São DOIS canhotos rápidos, com características de ponteiros. A Holanda mudou, mas manteve o toque de bola e os deslocamentos. Mas passou a jogar assim mesmo, com DOIS pontas bem abertos e Van Nistelrooy pelo meio. Foi um rolo compressor. Contra-ataques rápidos e mortais.

A Holanda volta a encantar o mundo do futebol. Talvez volte a fracassar como sempre fracassou, mas eu gosto de futebol, por isso gosto de ver esse time da Holanda, como gostava de ver o time que tinha Van Basten no final da década de 80, gostava de ver o Brasil de 82, como gostava da Romênia de 94, da Dinamarca de 86 e por aí vai...

Abraços

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